Fiel ao seu estilo de não entrar em polêmicas, Tite evitou responder a provocações feitas pelo presidente do Grêmio antes do Gre-Nal.

— O Grêmio tem um grande clube, um grande presidente. Eu sei da grandeza do Grêmio. A vitória do Internacional eu credito ao trabalho, ao desempenho, à torcida que nos apoiou, à persistência, a lamber as nossas feridas, e à efetividade. Criamos as situações e não desperdiçamos — disse Tite.

Na entrevista coletiva após o clássico, o técnico do Inter comentou o fato de ter derrubado o rival do primeiro lugar do campeonato, e o que isso representa para a seqüência do trabalho.

— Não ficou na liderança e nós ganhamos um clássico. Eu sei a importância disso. Mas é muito pouco ainda, porque estamos atrás do Grêmio, e é pouco para as pretensões do Inter, então a pressão continua.

Questionado sobre os motivos da evolução do time, que venceu quatro partidas seguidas, apontou um em especial:

— Tempo de trabalho. Poder treinar, repetir as coisas. Até porque relação de confiança só se dá com tempo, ninguém se olha pela primeira vez e diz "confia em mim".

Em uma espécie de desabafo, Tite lembrou da família:

— Quero oferecer essa vitória à minha família, especialmente ao meu filho Mateus, e ele sabe por quê. E ao clube e à torcida, pois já trabalhei em Caxias, Juventude, Grêmio e Inter, e sei como é difícil receber um técnico que já teve identificação com o rival. E aqui eu tive as portas abertas.